terça-feira, 16 de março de 2010

Dormindo com estranho

Imagine-se acordando numa bela manhã de segunda-feira. Os passarinhos cantam, os carros passam na avenida. Tudo está calmo. Até que você percebe que tem um estranho do seu lado. Você olha assustada, tenta remontar o que aconteceu na noite passada, mas sem sucesso. Domingo à noite simplesmente foi apagada da sua memória. Depois de um tempo você descobre que aquele estranho era na verdade um bandido, cafajeste, canalha! E toda a cidade fica sabendo da noite caliente que tiveram juntos.
É complicado, mas acontece. Assim como aconteceu com as vacas da CowParade em São Paulo. Na segunda-feira (15/03) duas delas acordaram com um touro bandido do lado, posicionados para copular. O que fazer? O que dizer? Elas podem se defender dizendo que não tiveram culpa, não puderam impedir, que foi contra suas vontades, não importa. Elas podem usar todas as desculpas do mundo, mas sempre as olharão como VACAS, não há mais como mudar. Elas são vacas e sempre serão.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O Príncipe e O Sapo

Você já beijou um sapo? Quantas vezes ele virou um príncipe? Se alguém me disser que isso já ocorreu ao menos uma vez eu devo dizer que esta pessoa é uma romântica incurável.

Acontece que no nosso mundo não existe essa coisa de príncipe. Eu sei, é duro ouvir isso, mas é a verdade. Não existem príncipes que vem em cavalo branco ou em cima de uma Harley Davidson. Você pode beijá-lo, agarrá-lo, amassá-lo e ele continuará sendo um sapo.

Não que ser sapo seja ruim. Muito pelo contrario, é a melhor espécie que existe e que sem a qual Deusas, como nós, não conseguiriam viver. Mas, como bom seres do sexo feminino que somos, precisamos ter a idéia que temos o poder de transformar o sapo em um príncipe. De fato temos muitos poderes. Podemos transformar sapos em rãs, em girinos, em salamandras e até em perereca! Podemos transformá-los em sapos casados, pais de família, sapos bem sucedidos, sapos reais ou sapos vassalos. Algumas Deusas acreditam que podem transformar príncipes em sapos, grande engano! Sapos são sapos, mas às vezes os enxergamos como príncipes, mas no fundo sempre foram sapos.

E isto é tudo que tenho a dizer. Sapos são sapos. Príncipes não existem. Feliz dia da Luta e do Luto da Mulher.

domingo, 7 de março de 2010

Quer dançar comigo?

- E por acaso você sabe dançar?

- Eu me viro.

- Porque eu não quero ninguém pisando no meu pé.

- Eu não vou pisar no seu pé.

- E como eu vou saber?

- Vamos fazer assim. Se eu pisar no seu pé eu te dou um beijo. Mas eu não pisar no seu pé, então você me dá um beijo.

- Não acho um acordo muito justo.

- Por que não? Você sai ganhando de qualquer jeito.

- Eu saio ganhando?

- Sim. Eu sei que você está louca para me beijar.

- E porque eu iria querer beijar justo você com tantos outros homens no mundo?

- Porque eu não sou nenhum desses outros homens no mundo.

- E quem é você?

- Eu sou o homem que te pediu para dançar.

- Muitos me pediram para dançar.

- Mas para mim você disse sim.

- Eu não disse sim.

- Se não disse vai dizer. E sabe por quê?

- Por que?

- Porque eu sou o seu homem.

- Meu homem? É impressão minha ou isso é um pedido de casamento tímido?

- Eu não pedi para você ser minha mulher. Eu só disse que eu já sou o seu homem.

- Essa foi rápida.

- Não foi rápida. Levou o mesmo tempo desse dialogo. Só não sei se foi um segundo ou uma eternidade. É difícil perceber o tempo passando quando se beija alguém.

- E quem você beijou?

- Você.

- Você me deu um beijo?

- É claro que eu te dei. Eu pisei no seu pé.

- Você pisou no meu pé? Quando?

- Enquanto nós dançávamos.

- Mas nós ainda não dançamos.

- Ainda não? Quer dizer que você aceita meu convite?

- Não. Você vai pisar no meu pé.

- Mas não vai doer. Eu prometo. Vou pisar de leve.

- E por que você vai pisar no pé?

- Primeiro para te dar aquele beijo que você gostou...

- Quê!?

- ... e segundo porque eu sou um péssimo dançarino.

- Se você não sabe dançar por que me convidou?

- Para te dar aquele beijo.

- Aquele beijo que você me deu?

- Não. Aquele que eu ainda vou te dar.

- Quando?

- Quando eu pisar no seu pé.

- Mas você não vai pisar no meu pé.

- Então você tem que me dar um beijo.

- Eu já te dei um beijo.

- Quando?

- Enquanto nós dançávamos.